Deputado Lucas de Lima propõe criação do Programa de Aprendizagem do Uso Ético da Inteligência Artificial nas Escolas do MS

Deputado Lucas de Lima propõe criação do Programa de Aprendizagem do Uso Ético da Inteligência Artificial nas Escolas do MS

Está em tramitação na Assembleia Legislativa (ALEMS), o Projeto de Lei 254/2024, de autoria do deputado Lucas de Lima (sem partido) que visa criar o Programa de Inteligência Artificial nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio do estado do Mato Grosso do Sul. O objetivo é promover a educação e conscientização sobre inteligência artificial (IA) entre os estudantes.

O programa abrangerá as seguintes diretrizes:

  1. Introdução à Inteligência Artificial e suas aplicações.
  2. Desenvolvimento de habilidades em programas e algoritmos relacionados à IA.
  3. Princípios éticos e responsabilidade no uso e desenvolvimento de IA.
  4. Impactos sociais, econômicos e ambientais da IA.
  5. Questões de privacidade, segurança e direitos humanos no contexto da IA.
  6. Estudos de caso e exemplos práticos de aplicação ética e não ética da IA.
  7. Estímulo ao pensamento crítico em relação às tecnologias de IA.

As instituições de ensino terão a opção de integrar o Programa de Inteligência Artificial em seus planos pedagógicos, com atividades práticas e teóricas que promovam a reflexão e o debate sobre o tema, incentivando a participação ativa dos alunos.

A Secretaria de Educação, em colaboração com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, poderá:

  1. Elaborar e disponibilizar materiais didáticos adequados para o ensino de IA nas escolas.
  2. Promover a formação continuada e específica para professores, capacitando-os para o ensino dos conteúdos previstos neste Programa.
  3. Estabelecer parcerias com instituições de ensino superior, organizações não governamentais e empresas de tecnologia para apoio na implementação e atualização do Programa.
  4. Monitorar e avaliar a implementação e os resultados alcançados pelo Programa de Inteligência Artificial nas escolas.

O Programa também inclui orientações sobre o uso ético de aplicativos de IA, educando os alunos sobre limites éticos e legais, especialmente no que tange ao plágio e à propagação de desinformação e notícias falsas.

O projeto foi proposto para integrar o ensino ético e responsável sobre inteligência artificial como parte fundamental da formação dos estudantes. Com a presença crescente da IA em áreas essenciais como saúde, educação, economia e entretenimento, é crucial que os jovens compreendam suas aplicações e estejam preparados para utilizar e desenvolver essas tecnologias de maneira ética e consciente.

A proposta enfatiza a importância da formação contínua e específica para os professores, garantindo que possam transmitir esses conhecimentos de maneira clara e contextualizada. A colaboração entre diferentes entidades, como agências de educação, ciências, tecnologia, instituições de ensino superior, ONGs e empresas de tecnologia, é vista como estratégia para o sucesso da implementação da lei.

Ao incluir exemplos práticos e estudos de caso sobre o uso ético e não ético da IA, o projeto visa desenvolver o pensamento crítico dos alunos, permitindo que reflitam sobre as implicações morais e sociais das tecnologias que utilizamos diariamente. Essa educação é fundamental para formar cidadãos conscientes, responsáveis e preparados para os desafios do mundo digital moderno.

A matéria segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).